Uma das coisas mais legais relacionadas à escrita – pelo menos na minha humilde opinião – é a pesquisa. Sem ela, este ofício simplesmente não funciona. Principalmente se você é um escritor de romances históricos ou de época. É de fundamental importância saber em que terreno você, ou melhor, seu protagonista está andando. Conhecer a fundo a época, o local, as particularidades culturais, o comportamento social é crucial na hora de entregar um trabalho de qualidade. Essa é a responsabilidade que os escritores tem para com seus leitores. E digo mais, as leitoras estão ficando cada vez mais exigente no que diz respeito à verossimilhança e à fidelidade com a época retratada. Elas querem mais do que um passatempo, elas quererem uma imersão profunda, uma experiência. E é isso que temos que nos comprometer a entregar.
Não estou dizendo que devemos escrever páginas e mais páginas com datas e informações densas (os livros de História já fazem esse papel), e vou mais além, nem mesmo o resultado de nossas pesquisas devem aparecer explicitamente, a não ser que a nossa protagonista seja uma historiadora ou uma arqueóloga que está narrando sobre a descoberta de algum artefato misterioso nas pirâmides do Egito; se não for esse o caso, não podemos despejar a pesquisa na trama.
Os aspectos históricos devem surgir da maneira mais natural possível. E é isso que tento fazer nas minhas estórias.
Ainda não me considero uma escritora experiente, afinal, só tenho dois romances e uma novela publicados, mas creio que já possuo esse senso de responsabilidade para com as minhas leitoras.
Todas as vezes que uma ideia nova surge, já começo a reunir material, busco fontes confiáveis de pesquisa, compro livros (tenho vários sobre a época vitoriana, meu sonho é me especializar neste período) e sempre é um mergulho fascinante no passado.
Neste momento estou experimentando maneiras de organizar meu material de pesquisa de modo que ele fique o mais profissional possível, afinal, um dos meus sonhos é largar meu emprego e me dedicar à escrita integralmente (quem nunca, né???). Mas acho que ser escritora é isso, é uma constante movimentação de experimentações. A gente vai testando as metodologias que mais se adéquam à nossa realidade, ao nosso perfil e inclusive ao nosso temperamento e personalidade. Esse mundo da escrita é realmente maravilhoso!
Um outro aspecto relacionado à pesquisa é saber quando parar. Pois é. Às vezes esse processo é tão inebriante que você simplesmente se empolga e quando menos espera está perdendo tempo lendo coisas que não estão relacionadas ao livro que está escrevendo. Essa curiosidade, de certa forma, é uma coisa boa, mas se deixar as coisas correrem livremente você acaba perdendo o foco. Believe me, I know… Atualmente, mantenho um check list com tudo que eu preciso pesquisar e vou atualizando à medida que a estória vai caminhando, porque se deixar, minha amiga… eu passo a madrugada lendo coisas que não devo e lá se vai um tempo precioso que eu deveria estar escrevendo!!
E para fechar: pesquisar é um processo imprescindível e maravilhoso em todo processo de escrita!
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