Uma colega perguntou-me outro dia por que eu estava sumida da internet. Bem, eu nunca fui muito assídua nas redes sociais, mas ultimamente aconteceram algumas coisas que me fizeram ficar um pouco cansada do Facebook. Eu detesto briga, seja ela presencial ou virtual; se nem no meu perfil normal eu converso sobre coisas polêmicas, imagine no meu perfil literário!
No entanto, de um tempo pra cá venho percebendo um tipo de comportamento meio doentio, com o qual eu não compactuo, que é a “cultura do cancelamento”. Tem uma autora nacional, que não vou revelar o nome, e ela tem um comportamento muito virulento: vem pedindo a cabeça das outras autoras que não escrevem de acordo com o que “ela” acha que é o correto. Tenho percebido como ela é agressiva com outras autoras a ponto de se meter no processo criativo alheio e uma vez a vi dizendo o seguinte absurdo para outra autora: “se você não escrever sobre X ou Y, não se preocupa, vai ficar tranquilo para você”. OI? Como assim cara pálida? Escritores devem ter a liberdade de escrever sobre o que bem quiserem!!! Inclusive falei um pouco sobre isso num post do Dia da Gentileza.
Teve também a treta com o livro “A Troca” da Emma Wildes, que leitoras e outras autoras se revoltaram com a trama polêmica e nesse episódio eu vi como tem lobo em pele de cordeiro ali dentro. Percebei que se essas meninas vissem a Emma Wildes ao vivo e a cores, iriam linchá-la com as próprias mãos. Esse momento foi o estopim para que eu decidisse dar um tempo.
Deixei de seguir muitas pessoas pois não estava mais aguentando ver tanto ódio, mas, mesmo assim, já estava saturada. Não quero deixar o FB de vez, até porque lá tem leitoras e autoras que são umas queridas, mas no momento preciso desse distanciamento; vai ser melhor para mim não ler tanta coisa negativa.
Outro fato estarrecedor: descobri que tem autoras que pagam para pessoas darem uma estrela na Amazon e foi bem na semana que meu conto “O Caçador e a Donzela da Colheita” recebeu apenas uma estrela; nenhum comentário, apenas a avaliação negativa. Vai entender, né? O que leva uma pessoa a detonar o trabalho de outra? Será que ela acha que vai brilhar mais se diminuir ou destruir o trabalho da colega de profissão? Será que ela não tem consciência? Depois tá levando uma vida miseravelmente infeliz e não sabe porquê…
Então, antes que eu adoecesse de vez ou falasse o que não deveria, resolvi me calar. Resolvi me reservar o direito de ficar na minha. Quando eu estiver melhor, voltarei; tem muita gente querida por lá.
No mais, vou ficando por aqui, lendo meus romancinhos, escrevendo minhas historinhas, cuidando da minha casa, do meu marido, do meu trabalho… e, se Deus quiser, cuidando de um jantar de aniversário bem legal que quero dar para minha mãe essa semana. É o melhor que posso fazer: amar e ser feliz é o meu ato de resistência nesse momento de tanto ódio virtual…
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